/Mortos e Desaparecidos
ORGANIZAÇÃO:
INICIAL DO NOME:
- ABÍLIO CLEMENTE FILHO
- ADERVAL ALVES COQUEIRO
- ALCERI MARIA GOMES DA SILVA
- ALEX DE PAULA XAVIER PEREIRA
- ALEXANDER JOSÉ IBSEN VOEROES
- ALEXANDRE VANNUCCHI LEME
- ALUÍSIO PALHANO PEDREIRA FERREIRA
- ANA MARIA NACINOVIC CORRÊA
- ANA ROSA KUCINSKI SILVA
- ÂNGELO ARROYO
- ANTONIO BENETAZZO
- ANTÔNIO CARLOS BICALHO LANA
- ANTONIO CARLOS NOGUEIRA CABRAL
- ANTONIO DOS TRÊS REIS DE OLIVEIRA
- ANTÔNIO GUILHERME RIBEIRO RIBAS
- ANTONIO LUCIANO PREGONI
- ANTÔNIO RAYMUNDO LUCENA
- ANTÔNIO SÉRGIO DE MATTOS
- ARNALDO CARDOSO ROCHA
- ARNO PREIS
- AURORA MARIA NASCIMENTO FURTADO
- AYLTON ADALBERTO MORTATI
ALUÍSIO PALHANO PEDREIRA FERREIRA
OCORRÊNCIADesaparecido em 9 de maio de 1971, em São Paulo, SP.
Arquivos
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002 - Foto vivo Aluisio Palhano
Informações: Fotos de Aluísio Palhano Pedreira Ferreira vivo.
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003 - denuncia Altino Dantas In Memoriam Aluisio Palhanos
Informações: Denúncia de Altino Dantas Jr., Carta a um Coronel - In Memoriam de Aluisio Palhanos.
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004 - Ficha DOPS Aluisio Palhano
Informações: Ficha de Aluísio Palhano no DOPS – SP
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005 - Relatório DOPS Aluisio Palhano
Informações: Relatório do DOPS-SP sobre Aluísio Palhano Pedreira Ferreira.
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006 - Certificado Entrega docs. CEI Perus Aluisio Palhano
Informações: Certificado de entrega do Departamento da Polícia Civil do Estado do Paraná de documentos do DOPS referentes a Aluísio Palhano, solicitados pela Comissão Especial de Investigação das Ossadas encontradas no Cemitério de Perus, São Paulo, SP.
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007 - Relatório DOPS 2 Aluisio Palhano
Informações: Relatório do Serviço Secreto do DOPS – SP sobre Aluísio Palhano Pedreira Ferreira.
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008 - Certidão Requerimento Arquivo PR Aluisio Palhano
Informações: Certificado de requisição de documentos ao arquivo do Paraná de Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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009 - Jornal Altino Dantas cita Aluisio Palhano
Informações: Cópias de jornal do vereador Altino Dantas com citações a Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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009 - Jornal Altino Dantas cita Aluisio Palhano
Informações: Cópias de jornal do vereador Altino Dantas com citações a Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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010 - Matéria Tribuna Aluisio Palhano
Informações: Matéria do jornal Tribuna cita Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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011 - Fotos Vivo 2 Aluisio Palhano
Informações: Fotos Aluisio Palhano Pedreira Ferreira Vivo.
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012 - Dossiê CEMDP Aluisio Palhano
Informações: Dossiê para Comissão Estadual de Mortos e Desaparecidos Políticos SP sobre Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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013 - Relatório DOPS Aluisio Palhano
Informações: Relatório DOPS Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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014 - Dados Ante mortem Aluisio Palhano
Informações: Documentos com dados ante-mortem de Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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015 - Matéria Nacional Campinas Aluisio Palhano
Informações: Matéria jornal Nacional de Campinas cita Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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016 - Ato Camara Aluisio Palhano
Informações: Convite de ato na Câmara Municipal de SP sobre Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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017 - Homenagem Aluisio Palhano
Informações: Panfleto sobre ato na Câmara de SP em homenagem a Aluisio Palhano Pedreira Ferreira.
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Casos Virgílio Gomes e Aluísio Palhano - Parte 1 - 25 de fevereiro de 2013
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Casos Virgílio Gomes e Aluísio Palhano - Parte 2 - 25 de fevereiro de 2013
RELATO DO CASO
Aluísio Palhano Pedreira Ferreira nasceu a 5 de setembro de 1922, na cidade de Pirajuí, no interior de São Paulo. Em 1947 casou-se com Leda Pimenta, com que teve dois filhos, Márcia e Honésio. Seu pai era fazendeiro; Aluísio estudou no Colégio Mackenzie (São Paulo – SP); após o falecimento de seu pai teve que ir viver com a avó materna, em Niterói (RJ), quando passou a estudar no Colégio Salesiano (Niterói – RJ), sendo que no mesmo período trabalhou como bilheteiro no Cine Royal, de propriedade de sua avó, para ajudar no sustento da família; foi terminar o que hoje é o atual Ensino Médio no Colégio Plínio Leite (Niterói – RJ); formou-se advogado pela Faculdade de Direito da UFF (Universidade Federal Fluminense), em larga medida pelo seu envolvimento nas lutas sociais e sindicais. Aos 21 anos de idade passou em concurso público para o Banco do Brasil, tornando-se bancário e na mesma época começou atividade sindical. Muito combativo e atuante, foi duas vezes presidente do Sindicato dos Bancários, saindo da presidência quando foi eleito presidente da Contec (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito). Com o golpe de 1964, foi cassado pelo AI-1, portanto ainda em abril foi demitido do BB e seus direitos políticos igualmente cassados. Tentou articular alguma resistência ao golpe, e em junho do mesmo ano asilou-se na embaixada do México, onde ficou até o final do ano. Em seguida partiu para Cuba. Lá trabalhou na colheita de cana e na Rádio Havana. Em 1966, foi eleito representante do movimento sindical do Brasil na OLAS (Organização Latino americana de Solidariedade), organização fundada em 1966, em Cuba, para prestar solidariedade aos povos da América Latina. Em 1969 presidiu o Congresso da OLAS, em Havana, Cuba. No final de 1970, retornou clandestinamente ao Brasil como militante da VPR.
Pouco mais de cinco meses após o seu retorno ao Brasil, desapareceu no dia 9 de maio de 1971. Sobre isso é muito provável que tenha sido entregue pelo agente infiltrado cabo Anselmo, posto que o mesmo era um dos contatos de Palhano no Brasil. Apesar do volume de testemunhos e documentos, apresentados a seguir, os órgãos de segurança até hoje não reconhecem a prisão, tortura, morte e desaparecimento de Aluísio Palhano: Em 23 de outubro de 1975, presos políticos denunciaram a prisão e morte de Palhano, através da “Carta ao Presidente do Conselho Federal da OAB” (“Bagulhão”: a voz dos presos políticos contra os torturadores. Comissão da Verdade do Estado de São Paulo. São Paulo, S/E, 2014, p. 45). O preso político Altino Rodrigues Dantas Jr., no dia 1º de agosto de 1978, enviou carta ao General Rodrigo Octávio Jordão Ramos (anexo 003-denuncia-Altino-Dantas.pdf), então ministro do STM (Superior Tribunal Militar), em que testemunha haver estado preso com Palhano. Segue transcrito parte do depoimento, uma vez que a contundência vale ressaltar:
“Na época comandava o DOI-CODI o Major Carlos Alberto Brilhante Ustra (que usava o codinome de ‘Tibiriçá’), sendo subcomandante o Major Dalmo José Cyrillo (‘Major Hermenegildo’ ou ‘Garcia’). Por volta do dia 16 de maio, Aluízio Palhano chegou àquele organismo do II Exército, recambiado do Cenimar do Rio de Janeiro (...) Na noite do dia 20 para 21 daquele mês de maio, por volta das 23 horas, ouvi quando o retiraram da cela contígua à minha e o conduziram para a sala de torturas, que era separada da cela forte, onde me encontrava, por um pequeno corredor. Podia, assim, ouvir os gritos do torturado. A sessão de tortura se prolongou até a alta madrugada do dia 21, provavelmente 2 ou 4 horas da manhã, momento em que se fez silêncio.
Alguns minutos após, fui conduzido a essa mesma sala de torturas, que estava suja de sangue mais que de costume. Perante vários torturadores, particularmente excitados naquele dia, ouvi de um deles, conhecido pelo codinome de ‘JC’ (cujo verdadeiro nome é Dirceu Gravina), a seguinte afirmação:’Acabamos de matar o seu amigo, agora é a sua vez’. (...) Entre outros, se encontravam presentes naquele momento os seguintes agentes: ’Dr. José’ (oficial do Exército, chefe da equipe); ‘Jacó’ (integrante da equipe, cabo da Aeronáutica); Maurício José de Freitas (‘Lunga’ ou ‘Lungaretti’, integrante dos quadros da Polícia Federal), além do já citado Dirceu Gravina ‘JC’, e outros sobre os quais não tenho referências.”
Nelson Rodrigues Filho, ex-preso político, igualmente denunciou que esteve preso no DOI-CODI/RJ com Aluísio Palhano.
Inês Etienne Romeu, ex-presa política e sobrevivente da Casa da Morte, denunciou em seu relatório sobre este centro de torturas do CIE, localizado em Petrópolis no Rio de Janeiro, que Palhano foi levado para lá no dia 13 de maio de 1971. Segundo ela, “Mariano Joaquim da Silva o viu pessoalmente naquele centro clandestino, quando presenciou sua chegada e narrou o seu estado físico deplorável. Mariano também se tornou um desaparecido político naquele período. Inês declarou ainda ter ouvido a voz de Aluísio várias vezes, quando este foi interrogado na Casa da Morte” (Dossiê Ditadura: Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil – 1964-1985. São Paulo, IEVE/Imprensa Oficial, 2009, pp. 251-252).
O Ministério Público Federal impetrou ação criminal contra Carlos Alberto Brilhante Ustra e Dirceu Gravina, que encontra-se no Tribunal Regional Federal (SP), cujo número dos autos é 0004204.32.2012.4036181, aguardando julgamento de recurso do MPF. Em depoimento à Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, em 25 de fevereiro de 2013, o procurador da República Sérgio Suiama, um dos proponentes da denúncia juntamente com outros sete procuradores, ao relatar fontes e dados levantados pelo MPF corroborou as informações acima descritas, acrescentando que documentos dos arquivos públicos tanto do estado de São Paulo quanto federais comprovam que os órgãos de repressão monitoravam as atividades de Palhano desde 1964 até 1970. O MPF também ouviu a ex-presa política Lenira Machado, presa em 13 de maio de 1970, em São Paulo, e levada ao DOI-CODI/SP, que declarou ter tido a impressão de haver visto Palhano no DOI-CODI/SP três dias após sua prisão. Lenira Machado, na folha 517 dos autos acima citados, disse também ter a impressão de que foi a equipe de Dirceu Gravina que torturou Palhano. Altino Dantas Jr. também depôs nesta ação do MPF, informando que viu Palhano em três ocasiões no DOI-CODI/SP, na segunda delas Altino diz ter ouvido Palhano ser torturado, uma vez que sua cela era ao lado da sala de tortura, logo depois o capitão Ítalo Rolim permitiu que o declarante se juntasse a Aluísio para que se ajudassem mutuamente a se banhar, uma vez que ambos estavam muito feridos. Nessa ocasião Palhano contou a Altino que havia sido levado para Petrópolis de depois trazido de volta.
Os depoimentos de Lenira Machado, Inês Etienne Romeu e Altino Dantas Jr. coincidem quanto a locais e datas, bem como outras informações. Ou seja, são consistentes e não se contradizem. Assim, para o MPF esses relatos e os documentos coletados comprovam o que chamam de materialidade do crime, qual seja, sequestro, tortura, maus tratos, morte e desaparecimento forçado.
O nome de Aluísio Palhano Pedreira Ferreira consta da lista de desaparecidos políticos no anexo I, da Lei 9.140/95, e seu caso na CEMDP tem o n. 217/96.
Fontes investigadas/consultadas:
Conclusões da CEMDP; Dossiê Ditadura – Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil – 1964-1985, IEVE. Contribuição da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo: 9ª audiência pública sobre o caso de Aluísio Palhano Pedreira Ferreira, realizada no dia 25 de fevereiro de 2013; “Bagulhão” A Voz dos Presos Políticos contra os Torturadores, São Paulo, Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, s. e., 2014.
IDENTIFICAÇÃO DOS AUTORES DA MORTE\DESAPARECIMENTO
Órgão / Período |
Nome |
Função |
conduta |
Vivo/data do óbito |
Observações |
DOI-CODI II Exército - SP |
CARLOS ALBERTO BRILHANTE USTRA |
Comandante |
Tortura, assassinato e desaparecimento |
Vivo |
O então Major Carlos Alberto Brilhante Ustra comandou o DOI-Codi/SP de 1970-1974.
Ver ação do MPF no TRF/SP de n. 0004204.32.2012.4036181
Ver Dossiê Ditadura, pp. 251-252.
Segunda entrevista do Coronel ao Zero Hora em 23/03/2014 “Quando morria uma pessoa, você não podia chamar a perícia e isolar a área, porque eles andavam com cobertura, vinham e metralhavam a gente. Então, acabou o tiroteio, tinha morto? Levava para o DOI. Estava doente, ferido? Levava para o hospital. No DOI, o corpo ficava ali num lugar deitado, guardado. Eram pequenas as nossas instalações. E esse Marival dizia que eu botava os corpos em exposição. Onde é que eu ia botar? Deixava no pátio esperando chegar o rabecão”. |
DOI-CODI II Exército -SP |
Dalmo José Cyrillo (‘Major Hermenegildo’ ou ‘Garcia’) |
Major do Exército |
Tortura, assassinato e desaparecimento |
Morto |
Depoimento de Altino Dantas Jr., consultado no Dossiê Ditadura, pp. Ver Dossiê Ditadura, pp. 251-252; e “Carta a um General”, anexo 003-denuncia-Altino-Dantas.pdf |
DOI-CODI II Exército -SP |
Dirceu Gravina (“JC”) |
Agente da Polícia Civil a serviço do DOI-CODI - SP |
Tortura, assassinato e ocultação de cadáver |
Vivo |
Ver em 003-denuncia-Altino-Dantas.pdf
Ver Dossiê Ditadura, pp. 251-252
Ver ação do MPF no TRF/SP de n. 0004204.32.2012.4036181
Ver “Bagulhão” A Voz dos Presos Políticos contra os Torturadores. São Paulo, Comissão da Verdade de São Paulo “Rubens Paiva”, s.e. |
DOI-CODI II Exército -SP |
“Jacó” |
Cabo da Aeronáutica |
Tortura, assassinato e ocultação de cadáver |
???? |
Ver anexo 003-denuncia-Altino-Dantas.pdf
Ver Dossiê Ditadura, pp. 251-252 |
DOI-CODI II Exército -SP |
“Dr. José” Nome verdadeiro: Carlos Victor Mondaine Maia (“Bagulhão”, p.25) |
Oficial do Exército Médico Psiquiatra do HGE |
Tortura, assassinato e ocultação de cadáver |
vivo |
Ver anexo 003-denuncia-Altino-Dantas.pdf
Ver Dossiê Ditadura, pp. 251-252 |
DOI-CODI II Exército -SP |
Maurício José de Freitas (“Lunga” ou “Lungaretti”) |
Polícia Federal |
Tortura, assassinato e ocultação de cadáver |
???? |
Ver anexo 003-denuncia-Altino-Dantas.pdf
Ver Dossiê Ditadura, pp. 251-252 |
DOI-CODI II Exército - SP |
Italo Rolim |
Capitão do Exército |
Tortura, assassinato e ocultação de cadáver |
???? |
Ver “Bagulhão”, p. 20. |
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DOCUMENTOS CONSULTADOS
Identificação do documento |
Órgão da repressão |
Observações |
Anexo |
Fotos de Aluísio Palhano vivo |
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Anexo 002-foto-vivo.pdf |
Denúncia de Altino Dantas Jr. |
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Anexo 003-denuncia-Altino-Dantas.pdf |
Ficha de Aluísio Palhano no DOPS – SP |
DOPS-SP |
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Anexo 004-ficha-Dops.pdf |
Relatório do DOPS-SP sobre Aluísio Palhano |
DOPS-SP |
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Anexo 005-relatorio-dops.pdf
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Certificado de entrega do Departamento da Polícia Civil do Estado do Paraná de documentos do DOPS referentes a Aluísio Palhano, solicitados pela Comissão Especial de Investigação das Ossadas encontradas no Cemitério de Perus, São Paulo, SP. |
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Anexo 006-certif-entrega-docs-CEIPerus.pdf |
Relatório do Serviço Secreto (sic) do DOPS – SP sobre Aluísio Palhano |
DOPS-SP |
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007-relatorio-dops-2.pdf |
Certidão de Casamento de Aluísio Palhano |
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012-dossie-CEMDP.pdf |
Documentos MPF |
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001-doc-MPF.pdf |
Certificado de requisição de documentos ao arquivo do Paraná |
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008-cert-requerim-arquivo-PR.pdf |
Cópias de jornal do vereador Altino Dantas |
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009-jornal-Altino-Dantas.pdf |
Matéria do jornal Tribuna |
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010-materia-Tribuna.pdf |
Fotos Aluisio Vivo |
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011-fotos-vivo2.pdf |
Dossiê para CEMDP |
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012-dossie-CEMDP.pdf |
Relatório Dops |
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013-relatorio-Dops.pdf |
Documentos com dados ante-mortem |
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014-dados-ante-mortem.pdf |
Matéria jornal Nacional de Campinas |
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015-materia-Nacional-Campinas.pdf |
Convite de ato na Câmara Municipal de SP |
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016-ato-camara.pdf |
Panfleto sobre ato na Câmara |
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017-homenagem.pdf |
Relatório Preliminar de Pesquisa sobre a Casa da Morte de Petrópolis. Comissão Nacional da Verdade (março 2014). |
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“A Casa da Morte foi uma estrutura criada pelo Centro de Informações do Exército (CIE), no início do ano de 1971,para atender a uma nova estratégia de intensificação do combate às organizações armadas de esquerda pela ditadura. Nessa nova etapa, o aparelho repressivo passou a contar com bases secretas e equipes especializadas na execução de uma política de extermínio e desaparecimento forçado das principais lideranças das organizações em luta aberta contra o regime ditatorial” (p. 5) e “Nesses casos, é possível comprovar, com base em testemunhos e documentos, o translado de prisioneiros entre os DOIs do I Exército, no Rio de Janeiro, do II Exército, em São Paulo e do IV Exército, em Recife, para o centro clandestino do CIE localizado em Petrópolis, no Estado do Rio de Janeiro. Dessa forma, o CIE na qualidade de órgão do gabinete do Ministro do Exército com atuação em todo território nacional – sua sede, em 1971, ainda se encontrava no Rio de Janeiro –disponibilizava equipes e recursos para desenvolver operações de abrangência nacional, em coordenação direta com os comandantes dos DOIs de distintas jurisdições militares” (p. 12) . |
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2. Prova pericial e documental (inclusive fotos e vídeos) sobre a morte/desaparecimento
Documento |
Fonte |
Observação |
Anexo |
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3. Testemunhos sobre a prisão, morte/desaparecimento
Nome |
Relação com o morto / desaparecido |
Informação |
Fonte |
Altino Dantas Jr. |
Esteve preso no DOI-CODI-SP no mesmo período que Aluísio Palhano, além de já conhecê-lo antes de estarem presos. |
Testemunha ter visto Palhano por três vezes no DOI-CODI-SP, tendo conversado com ele numa das vezes. Ouviu Palhano sendo torturado e o viu bastante ferido. |
Panfleto com a transcrição da denúncia encaminhada ao STM citado no Dossiê Ditadura, pp. 251-252
9ª audiência pública sobre o caso de Aluísio Palhano Pedreira Ferreira da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, realizada no dia 25 de fevereiro de 2013
Ação do MPF no TRF/SP de n. 0004204.32.2012.4036181
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Lenira Machado |
Foi presa pelo DOI-CODI/SP no dia 13 de maio de 1970. |
Declarou ter tido a impressão de haver visto Palhano naquele órgão. |
Dossiê Ditadura, pp. 251-252
9ª audiência pública sobre o caso de Aluísio Palhano Pedreira Ferreira da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, realizada no dia 25 de fevereiro de 2013
Ação do MPF no TRF/SP de n. 0004204.32.2012.4036181 |
Inês Etienne Romeu |
Sobrevivente do sítio clandestino em Petrópolis, Casa da Morte. |
Inês, em seu relatório de prisão feito à OAB-RJ, em 05/09/1979, afirma que Palhano foi levado para lá no dia 13 de maio de 1971 e pôde ouvir diversas vezes a voz de Palhano enquanto ele era torturado e interrogado. Inês também diz que Mariano Joaquim da Silva, desaparecido político que foi sequestrado junto a ela, viu Palhano na Casa da Morte, cujo estado físico era deplorável. |
Dossiê Ditadura, pp. 251-252
9ª audiência pública sobre o caso de Aluísio Palhano Pedreira Ferreira da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”, realizada no dia 25 de fevereiro de 2013
Ação do MPF no TRF/SP de n. 0004204.32.2012.4036181 |
Nelson Rodrigues Filho |
Ex-preso político no DOI-CODI/RJ. |
Declarou ter visto Palhano preso no DOI/CODI-RJ. |
Dossiê Ditadura, pp. 251-252 |
Fonte:
Informações constam no livro “Memórias de uma Guerra Suja” p.60-62.
4. Depoimento de agentes da repressão sobre a morte/desaparecimento
Nome |
Órgão / Função |
Informação |
Fonte com referências |
Claudio Guerra |
Delegado de Polícia – DOPS/ES |
“A Casa da Morte - como era conhecida – funcionava na rua Arthur Barbosa, no alto de um morro localizado no bairro de Cachambu. Esse aparelho recebeu presos estratégicos. [...] Eu não entrava na Casa da Morte. Quando chegava a coisa já estava arrumada: os corpos me eram entregues e eu saía. [...] A casa de tortura era esta (diz Guerra apontando a foto de uma casa publicada na revista Época como a Casa da Morte), mas o local onde os corpos eram enterrados não é aqui, pelo menos foi o que me disse o coronel [Freddie] Perdigão, e sim um cemitério clandestino também na estrada para Petrópolis, na serra, próximo a um balneário. Se eu for até lá, provavelmente identifico. [...] É uma estrada que vai do Rio de Janeiro, descendo, e aí começa a subir, numa curva, onde tem uma casa com jeito de um sítio antigo; é esta a casa. [...] A Casa da Morte era um aparelho de tortura, enquanto essa outra era um cemitério clandestino. Temos, então, segundo [Freddie] Perdigão, duas casas da morte”. |
GUERRA, Claudio. Memórias de uma Guerra Suja. Rio de Janeiro, Topbooks, p.60-62. |
OBS: Em anexo cópias de alguns dos documentos reunidos pela Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos e Comissão da Verdade do Estado de São Paulo “Rubens Paiva”
CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA O CASO
Conclusão: Aluísio Palhano Pedreira Ferreira é considerado desaparecido político, por não ter sido entregue os restos mortais aos seus familiares, não permitindo o seu sepultamento até os dias de hoje. Conforme o exposto no parágrafo 103 da Sentença da Corte Interamericana no Caso Gomes Lund e outros: “adicionalmente, no Direito Internacional, a jurisprudência deste Tribunal foi precursora da consolidação de uma perspectiva abrangente da gravidade e do caráter continuado ou permanente da figura do desaparecimento forçado de pessoas, na qual o ato de desaparecimento e sua execução se iniciam com a privação da liberdade da pessoa e a subseqüente falta de informação sobre seu destino, e permanece enquanto não se conheça o paradeiro da pessoa desaparecida e se determine com certeza sua identidade (...)”.
No parágrafo 110 do mesmo documento é mencionado que: “(...) pode-se concluir que os atos que constituem o desaparecimento forçado têm caráter permanente e que suas conseqüências acarretam uma pluriofensividade aos direitos das pessoas reconhecidos na Convenção Americana, enquanto não se conheça o paradeiro da vítima ou se encontrem seus restos, motivo pelo qual os Estados têm o dever correlato de investigar e, eventualmente, punir os responsáveis, conforme as obrigações decorrentes da Convenção Americana”. (Sentença da Corte Interamericana, p. 38 e 41, publicação da Comissão Estadual da Verdade de São Paulo). Outrossim, Palhano foi ainda sequestrado e torturado na Casa da Morte (Petrópolis/RJ) e no DOI-CODI/SP por agentes do Estado.
Recomendações: Retificação do Atestado de Óbito; Apuração das responsabilidades do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e demais agentes públicos citados; ensejar buscas para encontrar o corpo de Aluísio Palhano; que o Estado o declare anistiado político.