/Mortos e Desaparecidos
ORGANIZAÇÃO:
INICIAL DO NOME:
- MANOEL FIEL FILHO
- MANOEL JOSÉ NURCHIS
- MANOEL LISBOA DE MOURA
- MANUEL JOSÉ NUNES MENDES DE ABREU
- MÁRCIO BECK MACHADO
- MARCO ANTÔNIO BRAZ DE CARVALHO
- MARCOS ANTÔNIO DIAS BAPTISTA
- MARCOS NONATO DA FONSECA
- MARIA AUGUSTA THOMAZ
- MARIA LUCIA PETIT DA SILVA
- MARIA REGINA MARCONDES PINTO
- MIGUEL PEREIRA DOS SANTOS
- MIGUEL SABAT NUET
MARCO ANTÔNIO BRAZ DE CARVALHO
OCORRÊNCIA28 de janeiro de 1969 em São Paulo (SP)
Arquivos
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001 - Marco Antônio Braz Conversas com Mr [1]
Informações: Artigo "Conversas com Mr. DOPS", por Marina Amaral, publicado em 9/02/12 no site Publica - Agência de Reportagem e Jornalismo Investigativo (a p u b l i c a . o r g / 2 0 1 2 / 0 2 / c o n ve r s a s - m r - d o p s /). Resume as mais de 15 horas de entrevista realizadas pela repórter com o ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (DOPS/SP), José Paulo Bonchristiano. Consta relato sobre o assassinato de Marco Antônio Braz de Carvalho.
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002 - Marco Antônio Braz de Carvalho DOPS MG 0025 39 [1]
Informações: Relatório anotado "Secreto", carimbado pelo Comando do 6o Distrito. Retirado do Arquivo Público Mineiro, Fundo DOPS/MG - Pasta 0025. Datado de 28/01/1969. Descrição do episódio em que Marco Antônio Braz de Carvalho foi morto.
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003 - Ofício ao DOPS Marco Antônio Braz de Carvalho
Informações: Ofício retirado do Arquivo Público Mineiro, Fundo DOPS/MG - Pasta 0025. Enviado pelo Comissário José Malvão de Araújo, da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, em 08/02/69. Traz levantamento sobre a família e histórico de Marco Antônio Braz de Carvalho.
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005 - Relatório CEMDP Marco Antônio Braz de Carvalho
Informações: Ficha descritiva da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos sobre Marco Antônio Braz de Carvalho. Retirado do acervo digital do CEMDP, http://cemdp.sdh.gov.br/modules/desaparecidos/acervo/ficha/cid/127.
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006 - Ofício 1012 69 Marco Antônio Braz de Carvalho
Informações: Documento do Arquivo Público Mineiro, Fundo DOPS/MG - Pasta 0025. Ofício, datado de 09/06/10969, enviado pelo Juiz Auditor Nelson da Silva Machado Guimarães, da 2a Auditoria da 2a Região Militar, para o DOPS/SP. Encaminha o arquivamento do inquérito realizado acerca de Orlando Criscuolo, que redigiu notícia sobre a morte de Marco Antônio Braz de Carvalho para o jornal Diário da Noite.
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007 - Laudo necroscoópico Marco Antônio Braz de Carvalho Óbito
Informações: Laudo necroscópico de Marco Antônio Braz de Carvalho, produzido pelo IML.
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008 - Marco Antônio Braz de Carvalho Foto Cadáver
Informações: Registro fotográfico do corpo de Marco Antônio Braz de Carvalho.
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009 - Relatório II Exército Marco Antônio Braz de Carvalho
Informações: Relatório Especial de Informações do Exército sobre a Vanguarda Popular Revolucionária, contendo a versão oficial da morte de Marco Antônio Braz de Carvalho.
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004 - Marco Antônio Braz de Carvalho Resposta Consulta DOPS 0025 99 [1]
Informações: Documento do Arquivo Público Mineiro, Fundo DOPS/MG - Pasta 0025. Ofício em resposta a consulta por telefone do DOPS/SP, referente a levantamento dos antecedentes de Marco Antônio Braz de Carvalho. Datado de 29/01/1969.
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Foto - Marco Antônio Braz De Carvalho
Informações: Retrato fotográfico de Marco Antônio Braz de Carvalho.
Biografia
Marco Antônio, militante ligado a Carlos Marighella, participou de treinamento de guerrilha em Cuba e comandava o chamado “grupo de fogo” do Agrupamento Comunista de São Paulo, que deu origem à ALN. Foi um dos acusados pela execução do capitão do Exército norte-americano Charles Rodney Chandler, agente da CIA, em 12 de outubro de 1968, executado pela ALN e VPR. Foi um dos organizadores da manifestação de protesto do 1º de maio de 1968, na Praça da Sé, em São Paulo, organizado por sindicalistas contra o governador de São Paulo, Roberto de Abreu Sodré, da Arena. Quando o governador foi discursar, “Marquito” cortou os fios do som. Com outros da multidão, atirou nele projéteis.
Segundo Mário Magalhães, em Marighella: O guerrilheiro que incendiou o mundo, ele foi escolhido, aos 29 anos, em 1968, para “comandar o primeiro grupo de fogo da organização em São Paulo”.
Ele participou, em 1968, da execução do Capitão do Exército dos EUA Charles Rodney Chandler, que esteve no Vietnam e era considerado pelos guerrilheiros um agente da CIA. Mario Magalhães, no livro citado, registra a informação do historiador Ronald H. Chilcote de que ele era agregado à missão militar dos EUA no Brasil. A polícia passou a buscar os responsáveis pela morte de Chandler, e com isso chegou a “Marquito”.
CIRCUNSTÂNCIAS DA MORTE OU DO DESAPARECIMENTO FORÇADO
Foi assassinado com vários tiros desfechados pelas costas em sua casa na capital paulista por policiais do DOPS/SP, chefiados pelo delegado Raul Nogueira de Lima, vulgo Raul Careca, o mesmo policial que, em outubro de 1968, matou a tiros o estudante do Colégio Marina Cintra, José Guimarães.
Na requisição de exame do IML/SP consta que “[...] a vítima estava sendo procurada pelo DOPS, travou tiroteio com policiais, sendo abatido a tiros na Rua Fortunato, 291”. Os legistas Erasmo M. de Castro de Tolosa e Orlando Brandão, que fizeram o laudo confirmando a versão oficial, apontaram como causa da morte “hemorragia interna traumática”.
Relatório secreto do II Exército sobre a VPR, concluído em fevereiro de1969, manteve a versão de que “Marquito” foi “morto ao reagir à prisão”.
O historiador Jacob Gorender, no livro Combate nas Trevas, descreve a morte de Marquito, como era conhecido. Em 28 de janeiro, depois de ir a sucessivos pontos onde deveria encontrar um companheiro, resolveu procurá-lo em sua residência. Ao abrir a porta do apartamento, defrontou-se com a polícia, que o abateu a tiros. Marquito fora vítima da onda de prisões que atingiu muitos militantes da VPR naquele mês.
Onofre Pinto, dirigente da VPR desaparecido em 1974, esteve preso na mesma época. Foi banido do Brasil após sua libertação e de mais 14 prisioneiros trocados pelo embaixador norte-americano, em setembro de 1969. Ao desembarcar na Cidade do México, em 7 de setembro, denunciou o ocorrido a Marco Antônio em depoimento ao semanário italiano L’Expresso.
O depoimento de seu irmão, João Pedro Braz de Carvalho, aponta inconsistências na versão do agente do DOPS/SP:
[...] no dia 1º de fevereiro de 1969, no Instituto Médico Legal de São Paulo, estava aguardando a liberação do corpo do meu irmão Marcos Antônio Braz de Carvalho [...]quando o cadáver foi colocado numa saleta, levantei o lençol que o cobria e constatei a existência de perfurações de saídas de projéteis de arma de fogo no tórax, caracterizada pelo afloramento do tecido cutâneo, não apresentando ferimento na perna, quando fui violentamente retirado do local, com torção do braço/gravata e jogado no corredor. O que vi desmentia categoricamente a versão apresentada, tiroteio com policiais, haja vista que foi morto com tiros pelas costas.
O perito criminalista do DPC/DF, Celso Nenevê, ao realizar a análise de documentos sobre sua morte, constatou:
A não observância da realização do levantamento do local e posterior confecção do laudo de exame [...], uma vez que a vítima [...] faleceu no local. A ausência de exames de confronto balístico com os projéteis retirados da vítima e a arma portada pelo inspetor Raul Nogueira de Lima, bem como confronto com possíveis projéteis e ou estojos coletados no local do fato.
A versão oficial apresentada foi: “Consta que a vítima estava sendo procurada pelo DOPS, travou tiroteio com policiais sendo abatido a tiros no local acima”.
Ainda segundo laudo do perito Celso Nenevê:
[...] o depoimento do inspetor Raul Nogueira de Lima não é coincidente com os achados necroscópicos no tocante às regiões atingidas (o depoimento apresenta que Marcos Antônio Braz de Carvalho encontrava-se “atirado na perna”) e na quantidade de disparos efetuados (depreende-se da declaração que foram efetuados apenas dois disparos contra Marcos), enquanto que o depoimento constante do processo efetuado pelo irmão da vítima, João Pedro Braz de Carvalho, é coincidente com esses achados no tocante aos orifícios de saída na região peitoral e na ausência de lesões nas pernas.
O perito comentou também a respeito do
[...] ferimento pérfuro-contuso [...] com características de entrada de projétil de arma de fogo [...] e evidente área de enfumaçamento situado na face lateral do terço médio do antebraço esquerdo [...].
Essas lesões podem apresentar em suas regiões circunvizinhas resíduos da queima de propelente, os quais poderão deixar no suporte as zonas de chama, enfumaçamento e tatuagem, vestígios que caracterizariam o disparo como tendo sido efetuado a curta distância. Lesões como a acima descrita, pela sua localização (face lateral do terço médio do antebraço esquerdo) e pela distância do disparo (curta distância) são às vezes encontradas em lesões oriundas de movimento de defesa, quando a vítima, diante de ameaça, levanta o braço semi-fletido oferecendo a face lateral do antebraço como área de proteção.
A investigação sobre Marco Antônio prosseguiu após sua execução. No mesmo dia de sua morte, segundo mostra documento da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Guanabara, encontrado pela CEV “Rubens Paiva”, o DEOPS/SP fez uma consulta sobre ele nesse outro Estado. As autoridades da Guanabara responderam que não havia registro de antecedentes “político-sociais ou criminais nos órgãos competentes”.
Documento da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, encontrado pela CEV “Rubens Paiva”, mostra que a polícia do Estado do Rio de Janeiro fez um levantamento em fevereiro de 1969 sobre a família de Marco Antônio Braz de Carvalho após sua morte, com os endereços dos familiares e informações sobre o sepultamento. A investigação concluiu que “A família é de tradição em Angra dos Reis há mais de 100 anos e gozando dos mais elevados conceitos em todas as suas atividades, quer seja comercial ou social [sic].”
No Diário da Noite do dia 29 de janeiro, o jornalista Orlando Criscuolo publicou matéria denunciando a execução de “Marquito”, o que levou à abertura de inquérito policial, arquivado em junho de 1969, sem se provar a prática de crime pelo jornalista.
EXAME DA MORTE OU DO DESAPARECIMENTO FORÇADO ANTERIORMENTE À INSTITUIÇÃO DA CNV
O relator do caso na CEMDP, André Sabóia Martins, afirmou que as contradições explicitadas no confronto entre a versão oficial sobre as circunstâncias da morte expressa no depoimento do inspetor Raul Nogueira de Lima e os achados do laudo de exame de corpo de delito/ exame necroscópico, destacados em parecer criminalístico, favorecem a consideração da hipótese de que Marco Antônio teria sido executado por policiais do DOPS/SP. Declarou ainda que:
A despeito da ausência de parecer conclusivo sobre a dinâmica dos eventos que culminaram no homicídio perpetrado contra Marco Antônio, em 28 de janeiro de 1969, os elementos existentes não deixam dúvida de que o caso se enquadra na hipótese prevista pelo artigo 4º, I, alínea “c” da lei 9.140/95 (Redação dada pela lei 10.875, de 1º de junho de 2004), que atribui a esta Comissão a incumbência de reconhecer pessoas que “tenham falecido em virtude de repressão policial sofrida em manifestações públicas ou em conflitos armados com agentes do poder público”.
Voto, portanto, pelo deferimento do pedido.
Na CEMDP, seu caso foi aprovado por unanimidade em 15 de dezembro de 2004.
Seu nome foi incluído no Dossiê ditadura: Mortos e Desaparecidos no Brasil (1964-1985) organizado pela Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos.
Em 1º de abril 2012, aniversário do golpe militar de 1964, no bloco/protesto “Cordão da mentira: Manifestação em repúdio à Ditadura Militar de 1964 e também à continuidade da violência e terrorismo estatal contra a população”. Com a presença de ex-presos políticos, familiares de mortos e desaparecidos políticos, ativistas e organizações de direitos humanos e movimentos sociais como as Mães de Meio, ele cruzou parte da cidade de São Paulo pelo direito à memória, à verdade e à justiça, prestou-se homenagem a “Marquito”, na rua Fortunato, em que foi executado: afixou-se, informalmente, uma placa de rua com o nome dele no local.
IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL DA MORTE OU DO DESAPARECIMENTO FORÇADO
Rua Fortunato, n. 291, apt. 201. São Paulo/SP.
IDENTIFICAÇÃO DA AUTORIA
1. Cadeia de Comando do(s) órgão(s) envolvido(s) na morte ou desaparecimento forçado
Delegado do DEOPS/sP Raul Nogueira de Lima e equipe.
Ocultação das causas da morte: médicos legistas: Erasmo de Castro de Tolosa e Orlando Brandão.
2. Autorias de graves violações de direitos humanos
Nome |
Órgão |
Função |
Violação de direitos humanos |
Conduta praticada pelo agente |
Local da grave violação |
Fonte documental/testemunhal sobre a autoria |
Raul Nogueira de Lima |
DEOPS/SP |
Delegado |
Execução |
Execução |
Rua Fortunato, n. 291, São Paulo/SP |
Agência Pública, “Conversas com Mr. DOPS” Relatório na CEMDP |
Erasmo de Castro de Tolosa |
IML/SP |
Médico legista |
Ocultação das causas da morte |
Ocultação das causas da morte |
IML/SP |
Relatório na CEMDP |
Orlando Brandão |
IML/SP |
Médico legista |
Ocultação das causas da morte |
Ocultação das causas da morte |
IML/SP |
Relatório na CEMDP |
FONTES PRINCIPAIS DA INVESTIGAÇÃO
1. Documentos que elucidam as circunstâncias da morte ou desaparecimento forçado
Identificação da fonte documental (fundo e referência) |
Título e data do documento |
Órgão produtor do documento |
Informações relevantes para o caso |
001 - Agência Pública: http://apublica.org/2012/02/conversas-mr-dops/ |
Conversas com Mr. DOPS. 09/02/2012 |
Agência Pública de jornalismo investigativo |
Circunstâncias e agentes da morte |
002 - Arquivo Público Mineiro. Fundo DOPS/MG. Pasta 0025 |
“Secreto”. 28/01/1969 |
Comando do 6º Distrito Naval |
Circunstâncias e agentes da morte |
003 – Arquivo Público Mineiro. Fundo DOPS/MG. Pasta 0025. |
Ofício do Comissário José Malvão de Araújo. 08/02/1969. |
Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro |
Levantamento da família de Marco Antônio Braz de Carvalho |
004 - Arquivo Público Mineiro. Fundo DOPS/MG. Pasta 0025. |
Resposta à consulta do DOPS/SP. 29/01/1969. |
Secretaria de Segurança Pública do Estado da Guanabara |
Levantamento dos antecedentes de Marco Antônio Braz de Carvalho |
005 – Relatório na CEMDP |
Caso de Marco Antônio Braz de Carvalho. 15/12/2004 |
CEMDP |
Circunstâncias e agentes da morte |
006 - Arquivo Público Mineiro. Fundo DOPS/MG. Pasta 0025. |
Ofício n. 1012/69. 09/06/10969. |
2ª Auditoria da 2ª Região Militar |
Arquivamento do inquérito sobre notícia da morte de Marco Antônio Braz de Carvalho publicada pelo Diário da Noite |
007 – Arquivo IEVE |
Laudo necroscópico |
IML/SP |
Circunstâncias da morte |
008 – Arquivo IEVE |
Foto do cadáver |
IML/SP |
Circunstâncias da morte |
009 – Arquivo Público do Estado de São Paulo. Fundo DEOPS/SP |
Relatório Especial de informações. 03/02/1969 |
II Exécito |
Versão oficial da morte de Marco Antônio Braz de Carvalho |
2. Testemunhos sobre o caso prestados à CNV ou às comissões parceiras
Identificação da testemunha [nome e qualificação] |
Fonte |
Informações relevantes para o caso |
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3. Depoimentos de agentes do Estado sobre o caso, prestados à CNV ou às comissões parceiras
Identificação do Depoente [nome e qualificação] |
Fonte |
Informações relevantes para o caso |
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CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA O CASO
Diante das circunstâncias do caso e das investigações realizadas, pôde-se concluir que a vítima foi executada por agentes do Estado brasileiro.
Recomendações:
• Investigação das circunstâncias da morte de Marco Antônio Braz de Carvalho e responsabilização dos agentes da repressão envolvidos no caso, conforme as obrigações internacionais do Estado brasileiro reiteradas na sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Gomes Lund e outros (“Guerrilha do Araguaia”) vs. Brasil, que obriga “a investigar os fatos, julgar e, se for o caso, punir os responsáveis e de determinar o paradeiro das vítimas”;
• Retificação e indicação da causa mortis no atestado de óbito.