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INICIAL DO NOME:

YOSHITANE FUJIMORI

OCORRÊNCIA

5 de dezembro de 1970 em São Paulo (SP)

DADOS PESSOAIS
Filiação: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR)
Data e local de nascimento: 19 de maio de 1944, em Mirandópolis (SP)
Profissão: Técnico em Eletrônica
Atuação política: Dirigente da VPR
Data e local da morte/desaparecimento: 5 de dezembro de 1970 em São Paulo (SP)
Organização política: Vanguarda Popular Revolucionária (VPR).

Biografia

Yoshitane Fujimori era Técnico em Eletrônica, atuou “na luta armada desde as primeiras ações da VPR, em 1968, e compunha sua direção regional. Era diretamente ligado ao ex-capitão Carlos Lamarca e foi um dos guerrilheiros que o acompanharam quando houve o rompimento do cerco militar na área de treinamento de guerrilha da VPR, no Vale do Ribeira (SP), em maio de 1969. Era um dos acusados de ter executado o tenente da PM, Alberto Mendes Junior, feito prisioneiro durante o cerco efetuado pela Operação Registro”.

Circunstâncias da Morte

A descrição das circunstâncias da morte dá-se em conjunto com as de Edson Neves Quaresma, posto ambos haverem sido baleados no mesmo local. Sendo Quaresma executado no local e Fujimori levado ferido para o DOI-CODI/SP, e neste centro de torturas foi-lhe negado tratamento médico, tendo sido em seguida torturado e assassinado.

“Em 5 de dezembro de 1970, Edson Neves Quaresma passava com Yoshitane Fujimori pela praça Santa Rita de Cássia, em São Paulo, quando foram reconhecidos por uma patrulha do DOI-CODI/SP que metralhou o carro, atingindo-os. Edson, mesmo ferido, tentou correr, sendo alcançado pelos policiais”.

Os fatos são descritos pelo então militante do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), Ivan Akselrud de Seixas, em depoimento apresentado à CEMDP. Segundo testemunho colhido à época de um motorista de táxi que presenciara o ocorrido, Fujimori caiu no meio da praça e Quaresma em uma rua de acesso à mesma. Carregado por dois policiais, Quaresma foi agredido na praça até a morte. Fujimori chegou com vida ao DOI-CODI/SP, fato confirmado posteriormente a Ivan pelos policiais Dirceu Gravina e ‘Oberdan’ (ouZé Bonitinho’) quando, em abril de 1971, ele próprio foi preso e interrogado.

Ambos foram sepultados como indigentes no Cemitério de Vila Formosa, sendo Quaresma identificado com um nome falso.

As solicitações de exame necroscópico dos dois foram feitas pelo delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), Alcides Cintra Bueno Filho, e nelas consta ‘terrorista’ como profissão. Os laudos de necropsia foram assinados por Harry Shibata e Armando Canger Rodrigues. Contudo, não foram encontradas as fotos requisitadas do corpo de Quaresma, o qual chegou ao IML quatro horas depois do horário da sua morte.

No arquivo do DOPS/RJ, o documento do Cenimar 0364, de 27 de maio de 1971, informa sobre as mortes de Edson Neves Quaresma e Yoshitane Fujimori em tiroteio, no bairro Bosque da Saúde, São Paulo. Há, nesse documento, o relatório de um informante de nome Francisco Eugênio Santiago, datado de 21 de dezembro de 1970, de nº 1.369, que cita os nomes falsos de Edson e Yoshitane e acrescenta:

Cinco ‘terroristas’ presos foram levados ao Instituto Médico Legal para reconhecimento dos dois ‘terroristas’ mortos. Os cinco foram unânimes em reconhecer Yoshitane Fujimori no cadáver de ‘Akira Kojima’; mas não souberam dizer quem era o mulato ‘Celso Silva Alves” que o acompanhava e com ele morreu trocando tiros com a polícia. O mulato foi enterrado com nome falso’.

O documento do Cenimar, entretanto, afirma que Celso foi identificado por exame datiloscópico como Edson Neves Quaresma. No relatório da Marinha, encaminhado ao ministro da Justiça em 1993, consta ainda que Edson Neves Quaresma ‘foi morto ao reagir à prisão, na Praça Santa Rita de Cássia (SP), com outro companheiro no dia 05/12/70 às 12 horas. O fato foi divulgado com seu nome falso: Celso Silva Alves’.

O laudo de Edson registra que apenas uma das cinco balas encontradas em seu corpo atingiu a região dorso-lombar sem perfurar órgãos vitais, as outras quatro foram disparadas na cabeça, e uma delas encontrava-se na região auricular direita. A relatora, Suzana K. Lisbôa argumentou que dificilmente uma pessoa morreria em um tiroteio com quatro tiros na cabeça.

Ela considerou ainda a possibilidade de que a execução sumária desse importante militante da VPR e a ocultação de sua morte tivessem nexo com a necessidade de manter segredo sobre a atuação do Cabo Anselmo como agente policial infiltrado, conforme seu parecer:

Na ficha do IML, a causa mortis: ferimento craniano por projéteis de arma de fogo, choque traumático. No verso, com anotação de 14/7/71: ‘Env. cópia p/ II Exército – Quartel General, at. of. nº 01/71, dat. de 14/07/71’. A assinatura de recebimento, infelizmente, é ilegível.

A relatora ainda anexou ao processo as declarações de José Anselmo dos Santos, o Cabo Anselmo, localizadas no arquivo do antigo DOPS/SP. Embora seja controversa a data em que Anselmo começou a colaborar com os órgãos de segurança, pois há indícios de que tenha se iniciado antes de sua suposta prisão em junho de 1971, esse depoimento (datado de 4 de junho de 1971) evidencia os alvos de sua perseguição:

Trazia uma mensagem cifrada de apresentação para Carlos Lamarca e ele deveria dar me tarefas para desempenhar, explicar o funcionamento da organização etc. […] No dia 15 de setembro, encontrei Quaresma, que me disse que não havia nenhum aparelho, nem apoio. […] Nesse tempo, creio que meados de novembro, recebi de Quaresma, com quem me encontrava uma vez por semana, o aviso de que devia seguir viagem para avistar-me com Lamarca. Às cinco horas da manhã, encontrei-me com Quaresma, na Rua Domingos de Morais, em frente ao cinema San Remo. Fomos para o Jabaquara, onde nos encontramos com Fujimori.

[…] Passei a datilografar (com uma máquina que me foi dada por Quaresma e que deve estar no escritório de Ivan [Edgar Aquino Duarte], uma semiportátil, sem tampa) o relatório sobre Cuba […]. Corria o mês de novembro, quando se deu a morte de Toledo, da ALN, e pelos documentos publicados soubemos que Palhano, o ‘Aloísio’, citado numa carta que viera da Europa, estava chegando. Efetivamente, Quaresma recebeu-o e fez-me contatar com ele em fins de novembro […].

Baseando-se nos dados descritos, a relatora concluiu seu parecer:

[…] As mortes de Quaresma e Fujimori, ocorridas pouco tempo após a chegada ao Brasil do ex-Cabo Anselmo, certamente, foram decretadas para que não representassem um obstáculo para o acesso de Anselmo ao comando da VPR.

Quaresma e Anselmo eram companheiros de muitos anos e foi através de Quaresma, designado para voltar de Cuba e preparar a vinda de Anselmo, que o infiltrado conseguiu os contatos necessários que o fizeram chegar a Fujimori e, inclusive, ao capitão Lamarca

[…] Evidentemente, o Cabo Anselmo não quis assumir sua responsabilidade na morte de um amigo de tantos anos. Não havia motivo para que o fizesse, já que nunca se dispôs a resgatar a verdadeira história, quando se tornou, mais do que infiltrado, um agente dos órgãos de segurança.

Mas eliminá-lo, ao que parece, foi uma de suas tarefas primeiras, bem como a José Maria Ferreira de Araújo, constante na lista oficial de desaparecidos e morto, segundo a documentação encontrada no IML, de ‘mal súbito’.

Todos os contatos de Anselmo foram premeditadamente assassinados, suas mortes foram cuidadosamente planejadas a fim de não levantar suspeitas e, na maior parte das vezes, ‘culpados’ foram eleitos para serem os responsáveis por essas mortes, até que seu trabalho de infiltração foi, finalmente, desmascarado, em 1973, quando patrocinou o ‘massacre da Chácara São Bento’.

As reais circunstâncias das mortes de Quaresma e Fujimori ficam para um outro momento, já que os principais arquivos da repressão ainda não foram abertos. Há, certamente, outras fotos, outros fatos elucidativos.

Certo é que a versão oficial dos órgãos de segurança é falsa, contestada pelo depoimento do ex-preso político Ivan Seixas, pelo laudo do perito Celso Nenevê e pelo traiçoeiro trabalho de José Anselmo dos Santos”.

Ainda, segundo Emílio Ivo Ulrich, em depoimento dado ao site da Carta Capital, em 12 de abril de 2014, os agentes que estavam no DOI-CODI quando da chegada de Fujimori comemoraram:

“No momento em que fui preso, na rua Tutoia, no DOI-CODIO, às 5h30 da manhã, passei a ser torturado, porque eles queriam que eu dissesse onde estava o Fujimori. Por conta dele, foram 15 dias de tortura [...]. Em 5 de dezembro, o Fujimori foi encontrado, entregue pelo famoso Cabo Anselmo. Ele foi metralhado. Quando ele chegou, 5 de dezembro à tarde, no porta-malas de uma caminhonete Veraneio, estava vivo. Metralhado, mas vivo. Dois companheiros foram lá reconhecer [...].

Aquele dia, a noite inteira, houve festa no DOI-CODI [...] O carcereiro me mandou limpar tudo, mas eu estava com as mãos machucadas, então fui lavar o tanque, que estava entupido por causa de vômito. Aproveitei e puxei uma conversa: “Houve uma festa aqui? Ele ‘É’. Eu: ‘Foi por causa do Fujimori?’. Ele: ‘É. Acabamos com ele’ [...]”.

Exame da morte anteriormente à instituição da CNV

A morte de Yoshitane Fujimori sob responsabilidade do Estado foi reconhecida pela Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP) em 30 de janeiro de 1997 (publicada no DOU em 18 de fevereiro de 1997). Descrições da morte e circunstâncias também constam no Dossiê Ditadura: Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil 1964-1985 (p.209). Não há pedido registrado na Comissão de Anistia do Ministério em seu nome. Em 2011, foi aberto um Processo Investigatório Criminal (PIC) em São Paulo (autos nº 1.34.001.007772/2011-90) por homicídio e ocultação de cadáver de Edson Neves Quaresma e Yoshitane Fujimori, a investigação está em andamento.

Identificação do local da morte

Segundo informação oficial, Fujimori foi ferido em tiroteio na Praça Santa Rita de Cássia, em São Paulo. Entretanto, segundo testemunho de Ivan Akselrud de Seixas, Fujimori chegou com vida ao DOI-CODI/SP, fato que lhe foi declarado pelos policiais Dirceu Gravina e Oberdan, bem como pelo ex-preso político Emílio Ivo Ulrich.

Identificação da autoria

  1. Cadeia de Comando do(s) órgão(s) envolvido(s) na morte

Cenimar – Centro de Informações da Marinha (documento 0364) (Ministério da Marinha.

Departamento de Ordem Política e Social (DOPS)- delegado Alcides Cintra Bueno Filho. Instituto Médico Legal – Médicos-legistas Harry Shibata e Armando Canger Rodrigues.

2. Autorias de graves violações de direitos humanos

Nome

Órgão

Função

Violação de direitos humanos

Conduta praticada pelo agente (descrita pela fonte)

Local da grave violação

Fonte documental/testemunhal sobre a autoria

 

Cenimar

 

 

 

 

 

Alcides Cintra Bueno Filho

Departamento de Ordem Política e Social (DOPS)

Delegado

Ocultação de cadáver

Solicitação de exame necroscópico. Apesar de constara sua identificação completa no atestado de óbito, foi enterrado como indigente no cemitério de Vila Formosa

 

Ver anexo 003

Harry Shibata

Instituto Médico Legal (IML)

Médico-legista

Falsificação atestado de óbito

 

Instituto Médico Legal (IML)

Ver anexo 004

Armando Canger Rodrigues

Instituto Médico Legal (IML)

Médico-legista

Falsificação atestado de óbito

 

Instituto Médico Legal (IML)

Ver anexo 004

Fontes principais da investigação

Conclusões da CEMDP; Dossiê Ditadura – Mortos e Desaparecidos Políticos no Brasil – 1964-1985, IEVE. Contribuição da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo: 102ª Audiência Pública realizada no dia 04 de dezembro de 2013 sobre os casos do Rio Grande do Norte Edson Neves Quaresma, Gerardo Magela Fernandes Torres da Costa, Zoé Lucas de Brito Filho e Luiz Ignácio Maranhão Filho e a 119ª audiência pública realizada no dia 20 de março de 2014 dos casos Gastone Lúcia de Carvalho Beltrão, Yoshitane Fujimori, Edson Neves Quaresma; Comitê pela Verdade do Rio Grande do Norte.

Documentos que elucidam as circunstâncias da morte ou desaparecimento forçado

 

 

Identificação da fonte documental (fundo e referência)

Título e data do documento

Órgão produtor do documento

Informações relevantes para o caso

Instituto de Estudos sobre a Violência (IEVE)

Anexo 001-foto_edson_morto.jpg

(1) Foto Yoshitane Fujimori (sem data); (2) Documento solicitando à CMEDP solicitando reconhecimento de Yoshitane Fujimore como vítima da ditadura militar nos termos da lei 9.140 (6/5/1996); (3) Procuração a Milton Fujimori para representar a família no caso de Yoshitane Fujimori (29/4/1996); (4) carta “As Bispos do Brasil” onde consta denúncia da execução de Yoshitane Fujimore,  Fevereiro de 1973; (5) Requisição de Exame Necroscópico solicitado pelo delegado Alcides Cintra Bueno Filho (5/12/1970); (6)

 Laudo de Exame de Corpo de Delito de Yoshitane Fujimori (8/12/1970)

(1) Autor e fonte não identificados;

(2) Escritório de advocacia que representou a família junto à CMEDP;

(3) 2º Serviços Notariais de Andradina;

(4) Comitê de Solidariedade aos Presos Políticos do Brasil;

(5) IML – SSP/SP;

(6) IML – SSP/SP

 

Instituto de Estudos sobre a Violência (IEVE)

Anexo 002

(1)Fotos do cadáver de Yoshitane Fujimori; (2) Ficha de Yoshitane Fujimori no DOPS/SP

(1) Instituto Médico Legal (IML);

(2) DOPS/SP

 

Instituto de Estudos sobre a Violência (IEVE)

Anexo 003

Documentos diversos da CEMDP anexados ao processo de Yoshitane Fujimore (parecer, matérias de jornal, laudos e depoimentos anteriormente anexos)

Departamento de Ordem Política e Social

 

 

 

 

 

Testemunhos sobre o caso prestados à CNV ou às comissões parceiras

 

Identificação da testemunha [nome e qualificação]

Fonte

Informações relevantes para o caso

Ivan Akselrud de Seixas, militante do MRT que averiguou a morte de Edson Neves Quaresma e Yoshitane Fujimori junto a testemunhas no local.  

Depoimento feito à Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos

“Os fatos são descritos pelo então militante do Movimento Revolucionário Tiradentes (MRT), Ivan Akselrud de Seixas, em depoimento apresentado à CEMDP. Segundo testemunho colhido à época de um motorista de táxi que presenciara o ocorrido, Fujimori caiu no meio da praça e Quaresma em uma rua de acesso à mesma. Carregado por dois policiais, Quaresma foi agredido na praça até a morte. Fujimori chegou com vida ao DOI-CODI/SP, fato confirmado posteriormente a Ivan pelos policiais Dirceu Gravina e “Oberdan” (ouZé Bonitinho”) quando, em abril de 1971, ele próprio foi preso e interrogado.”

Emílio Ivo Urich

Matéria escrita para o site da revista carta Capital, em 12 de abril de 2014 ( acesso em 12/9/2014: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/emilio-ivo-ulrich-9035.html

Emílio declarou ter sido preso e torturado e que a principal informação que buscavam era o paradeiro de Fujimori. Logo depois, nas dependências do DOI-CODI/SP, soube que Fujimori fora para lá levado e que uma festa acontecera entre agentes do DOI-CODI e outras pessoas para comemorar a prisão e morte de Fujimori.

Depoimentos de agentes do Estado sobre o caso, prestados à CNV ou às comissões parceiras

 

Identificação do Depoente

[nome e qualificação]

Fonte

Informações relevantes para o caso

José Anselmo dos Santos, agente infiltrado

Departamento de Ordem Política e Social

“Em junho ou julho de 1970, vieram José Maria [Ferreira de Araújo, desaparecido em 23/09/1970] e Quaresma, deviam preparar as condições para receber-nos. Em setembro deveríamos vir, eu e Evaldo [Luiz Ferreira de Souza, morto em 08/01/1973 no episódio conhecido como Massacre da Chácara São Bento]. Mas Evaldo ficou retido por ato indisciplinar, que desconheço qual seja. Fui enviado sozinho [...]Trazia uma mensagem cifrada de apresentação para Carlos Lamarca e ele deveria dar me tarefas para desempenhar, explicar o funcionamento da organização etc. […] No dia 15 de setembro, encontrei Quaresma, que me disse que não havia nenhum aparelho, nem apoio. […] Nesse tempo, creio que meados de novembro, recebi de Quaresma, com quem me encontrava uma vez por semana, o aviso de que devia seguir viagem para avistar-me com Lamarca. Às cinco horas da manhã, encontrei-me com Quaresma, na Rua Domingos de Morais, em frente ao cinema San Remo. Fomos para o Jabaquara, onde nos encontramos com Fujimori. […] Passei a datilografar (com uma máquina que me foi dada por Quaresma e que deve estar no escritório de Ivan [Edgar Aquino Duarte], uma semiportátil, sem tampa) o relatório sobre Cuba […]. Corria o mês de novembro, quando se deu a morte de Toledo, da ALN, e pelos documentos publicados soubemos que Palhano, o “Aloísio”, citado numa carta que viera da Europa, estava chegando. Efetivamente, Quaresma recebeu-o e fez-me contatar com ele em fins de novembro […].”.

 

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES PARA O CASO

Conclusão: Yoshitane Fujimori foi assasinado por agentes do Estado enquanto estava sob a custódia deles.

Recomendações: Investigação das circunstâncias da morte de Yoshitane Fujimori e responsabilização dos agentes da repressão envolvidos no caso, conforme sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos que obriga o Estado Brasileiro “a investigar os fatos, julgar e, se for o caso, punir os responsáveis e de determinar o paradeiro das vítimas”; Retificação e indicação da causa mortis no atestado de óbito; Requisição do laudo de perícia local feito no local onde o carro de Yoshitane e Edson foi baleado; Que o Estado brasileiro reconheça e declare a condição de anistiado político de Yoshitane Fujimori pedindo oficialmente perdão pelos atos de exceção e violações de direitos humanos que foram praticados contra esse “desaparecido político”.

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