por Andre Almeida Cunha Arantes

Era 1965, meus pais Aldo e Maria Auxiliadora estavam curtindo o frio do inverno Sul-Americano na praia de Punta Gorda, em Montevidéu. Não foi uma escolha voluntária, até porque a melhor época para aproveitar as praias uruguaias é no verão, entre os meses de janeiro e fevereiro. Por outro lado, o melhor mesmo seria ter ido para Punta del Este que é a praia mais bonita e mais procurada desse pequeno país. Mas o motivo não era passar férias e sim uma imposição do momento político no Brasil, que acabava de mergulhar em um período de ditadura militar que duraria aproximadamente duas décadas.

Em 13 de junho de 1965, durante esse período de férias forçadas, no Sanatório Americano, minha mãe ficaria feliz de me ver chorar pela primeira vez. Moramos no Uruguai quase um ano. Depois voltamos para o Brasil e fomos morar em São Paulo. Mais tarde, dentro da política de integração na produção, fomos morar no Nordeste.

Tinha 3 anos e lá estávamos em mais uma situação estranha. Durante a noite, uns “amigos” de meus pais vieram nos buscar em nossa pequena casa que ficava no interior de Alagoas, mais precisamente em Pariconha, distrito de Água Branca no alto sertão. Nos levaram de jipe para um castelo (Policlínica da PM de Alagoas), em Maceió. Lembro que achei aquilo estranho. Como era noite, o castelo pareceu meio sombrio. Acreditei que quando acordasse de manhã perceberia que o castelo era legal. Quando despertei no outro dia, estava em um quarto pequeno e cinza, cheio de grades.

Mudamos algumas vezes de “endereço”. Depois do “castelo” fomos para Escola de Aprendizes de Marinheiro de Alagoas. Uma vez por dia descíamos para brincar em um pátio, cheio de lixo e ratos, que minha mãe apelidou carinhosamente de Jerry. O Jerry era o ratinho esperto de um desenho animado da época que vivia fugindo de seu algoz, o gato Tom. Como era pequeno, não percebi, mas o “Tom” tinha nos pegado. Estávamos detidos em uma prisão da marinha. Comia no restaurante dos oficiais até o dia em que um oficial pediu que a minha mãe me deixasse com ele e a esposa, já que ela não tinha futuro pra me oferecer. O que o oficial não sabia é que o mundo dá voltas. Mais do que depressa, minha mãe me pegou pela mão e saiu dali. No dia seguinte, já estávamos comendo no restaurante dos soldados e dias mais tarde fomos transferidos para outra prisão.

Eu, minha mãe e minha irmã ficamos quatro meses presos. Meu pai, que foi preso dias depois, ficou seis meses na prisão. No final desse período meus pais foram levados a julgamento, em Recife. Durante a sessão, eu e minha irmã, que nessa época tinha 2 anos, ficamos correndo por toda sala e fazendo uma bagunça danada. Vendo essa confusão, um militar do Conselho de Sentença procurou saber o que estávamos fazendo ali. O escrivão que já estava sensibilizado com a nossa situação disse que estávamos presos com nossos pais. Durante o julgamento não se tocou em nossa presença. Todavia, o mesmo militar questionou um coronel da PM de Alagoas por que minha mãe estava presa. Ele respondeu que em Alagoas quando não encontravam o marido prendiam a mulher. Com isso nossa advogada pediu a libertação de nossa mãe. Acatado o pedido, fomos os três libertados. Meu pai ficou preso mais algum tempo e depois fugiu da prisão durante um jogo de futebol entre os dois principais times de Alagoas.

Depois dessa aventura ficamos algum tempo em Goiás, na casa de meus avós paternos. Assim que as coisas esfriaram fomos para São Paulo, onde um novo capítulo começava. Durante esses anos de ditadura, o contato com nossa família foi muito pequeno. Era uma questão de segurança. Conhecia apenas alguns poucos tios e um casal de primos que moravam em São Paulo, sendo que o contato era esporádico. Sempre passávamos as festas – aniversários, Natal e Réveillon – sozinhos, sem contato com outros familiares. Mesmo assim, o Natal era uma grande festa cercada de expectativas.

Lembro que recebia muitos presentes, mas nunca sabíamos direito quem os havia dado. Eram dos tios e tias, vários que não fazia a menor ideia que existiam. Mas não parava para pensar nisso, só queria curtir os presentes, era um momento mágico.

O tempo foi passando, fui crescendo e percebia que a gente mudava bastante de casa. Basicamente, por vários bairros da periferia na Grande São Paulo. Aquilo parecia normal, tinha uma família, estava na escola, fazia natação em um clube da prefeitura de São Paulo… Tudo fluía bem até que dois acontecimentos me chamaram atenção.

O primeiro foi quando meus pais resolveram que eu e minha irmã tínhamos que conhecer os nossos primos e tios de Belo Horizonte. Anualmente, todo esse pessoal ia de trem para uma casa em Angra dos Reis. Era muita gente. Só de primos de primeiro grau devia ter mais de quinze na casa. Durante uma brincadeira em que cada um tinha de fazer sua apresentação, ocorreu um problema. Cada primo reunido ali na sala levantava e dizia o nome e o que gostava de fazer. Quando chegou a minha vez, falei meu nome “frio”. Na verdade, o nome era Andre mesmo, mas o sobrenome era “frio” e bem diferente do dos primos. Quando eu acabei, um dos primos levantou e disse que eu falara meu sobrenome errado, pois não guardava relação com sobrenome de nossa família. Como sempre, onde há muitas crianças juntas, a história acabou em briga, pois me senti ofendido pelo fato de alguém dizer que eu mentia com relação ao meu sobrenome. Já de volta a São Paulo, relatei o ocorrido em casa. Meus pais não falaram nada, mas também nunca mais pusemos os pés em Angra dos Reis.

Já tinha em torno de 8 anos. Não queria pressionar meus pais, pois tinha muito carinho por eles, mas a certeza de que aquilo que meus primos falaram em Angra dos Reis a respeito do nome da nossa família fosse verdade foi aumentando.

Mais ou menos nesse período, tive uma conversa franca com meu pai. No caminho da escola, ele sempre ia contando histórias sobre os três irmãos coelhos: Zico, Zeca e o Zoca. Eram três coelhinhos espertos e de muito bom caráter. Eram corajosos e nunca mentiam. Eu me sentia o próprio “Zico”. Esses coelhos eram meus heróis. Então, em um determinado dia, meu pai insistiu que eu não deveria contar aos primos onde morávamos. Aí eu disse: “Pai, você ensina para a gente que não é para mentir e agora está me pedindo para mentir”.Meu pai arregalou os olhos, pensou um pouco e disse: “Olha, filho, você vê o seriado do Zorro, não vê? Você acha que o Zorro pode sair contando para todo mundo qual é a identidade verdadeira dele?”. E eu, “Lógico que não, pai, só o Mudinho sabe disso. Se o Sargento Garcia souber a identidade do Zorro, vai prender ele”. “Pois é, filho, esta é nossa situação”, disse meu pai. “Já entendi, pai, pode deixar que eu vou guardar segredo”, disse. Acompanhado desse diálogo, veio a seguinte explicação: existiam os barrigudões (tipo Sargento Garcia) e o povo. Havia uma briga entre estes dois grupos, assim como no filme do Zorro, nós estávamos lutando do lado do povo contra os barrigudões. Bom, para mim a explicação estava mais do que boa. Vi que tinha desvendado o segredo da família e ainda por cima descobri que era “filho do Zorro”.

O segundo momento “estranho” foi quando meu avô paterno faleceu. Eu tinha quase 10 anos. Foi enviado para meu pai a caneta do meu avô que tinha seu nome inscrito na lateral. Um dia no quarto/escritório do meu pai, achei a caneta e li o sobrenome do meu avô. Percebi que o sobrenome dele não era parecido com o nosso. Aí disse: “Descobri, descobri que o sobrenome do vovô Galileu é Arantes. O nome de nossa família é Arantes”. Diante disso, meus pais contaram a razão de nosso sobrenome trocado. Naquele dia, fiquei sabendo que o nome de meu pai era Aldo e o de minha mãe era Maria Auxiliadora. Virei para o meu pai e disse: “Você não tem cara de Aldo e sim de Roberto”. Este era o nome frio do meu pai.

Entre 6 e 11 anos, moramos na Zona Leste de São Paulo. Vila Formosa, rua Itaquera, Mooca, Vila Manchester eram os lugares que frequentávamos. Nesse período, fiz natação no Clube da Vila Manchester. Era um clube da prefeitura de São Paulo, bem equipado com pista de atletismo, campo de futebol, quadras cobertas sala de ginástica e a piscina. Passava a tarde nadando. Fiz muitos amigos, treinei bastante e, como todos, tinha um sonho : treinar natação no melhor clube da cidade, o Corinthians. Sonho que não durou muito… explico.

Com essa história de ser “filho do Zorro” e ter que manter a identidade secreta da família, eu “entendi” que não poderia aparecer. Isto significava que se ficasse bom e fosse para o Corinthians, ia acabar entregando minha família. Então desenvolvi um certo sentimento de ir me distanciando deste desejo de melhorar e ir nadar no Corinthians.

No final do ano de 1976, bem perto do Natal, meu pai foi preso em um episódio chamado “Chacina da Lapa”. Fomos acordados bem cedo pela minha mãe, pegamos algumas coisas, colocamos na mochila e nos mandamos de táxi para casa de meu tio em Santo Amaro, um bairro de São Paulo. Era um tio que eu já conhecia, irmão da minha mãe. Ele e minha tia Tei, também irmã de minha mãe, eram praticamente os únicos parentes que víamos de vez em quando. Minha mãe não contou nada para a gente a respeito do ocorrido com meu pai. Ficamos alguns dias nessa casa imaginando que já estávamos saindo de “férias”. Certa manhã, minha mãe me chamou com uma revista na mão e pediu que eu lesse a matéria. Era uma matéria que trazia fotos de meu pai e alguns amigos que foram presos na mesma reunião. Ele estava com o rosto tão machucado que nem o estava reconhecendo.

A partir daí, tudo foi devidamente esclarecido. Dias depois, eu e minha irmã fomos levados pelo meu tio para Belo Horizonte, onde moraríamos por um ano com minha avó materna, enquanto meu pai seguia sendo torturado e minha mãe foragida da repressão, em algum lugar que não sabíamos.

O período em Belo Horizonte foi um momento de “transição”. Sem meus pais, mas conhecendo uma infinidade de tios e primos, que eu nunca soubera que existiam. Estranhei um pouco, pois além de estar sem meus pais, era tudo muito diferente.

Depois de um ano, as coisas se acalmaram e voltamos a nos encontrar com minha mãe. Retornamos todos para São Paulo. Mas agora o endereço era outro, já estávamos na Bela Cintra, uma das boas ruas da capital paulistana.

A rotina era estudar, treinar no Paulistano ou Pinheiros, sair com os amigos e no final de semana visitar meu pai na prisão. Percebi que apesar de estar em clubes bons, não tinha muito desejo de competir e vencer. Aos poucos, fui percebendo que me sentia fazendo parte do time dos que estavam sendo oprimidos, que perdiam. Os opressores eram os vencedores, aqueles que tinham torturado meu pai, nos prendido, separado a família. Tinha este sentimento dentro de mim. O desejo de vencer estava cada vez mais longe, como algo proibido.

Em agosto de 1979, foi aprovada e sancionada a Lei da Anistia. No mesmo dia da sua publicação, meu pai foi libertado do presídio de presos políticos em São Paulo, o Barro Branco. A família se encontrou novamente e passou a viver junto. Esse foi um momento muito bom. Meu pai foi eleito deputado federal por Goiás em 1982 e fomos todos morar em Brasília. Tudo diferente. Uma situação bem diferente.

Estava com 18 anos e já tinha parado de treinar natação e outros esportes também. Como todo adolescente nesta idade, não sabia muito bem o que queria. Sentia que as coisas tinham mudado, mas ainda não tinha entendido o que havia dentro de mim. Entrei na faculdade, primeiro em Economia, depois em História, mas nada me agradava. Revolvi mudar para São Paulo. De São Paulo, fui de bicicleta para o Rio de Janeiro pela recém-inaugurada Rio-Santos. Nessa viagem, senti gostos que já tinha esquecido. O gosto da liberdade, do esforço físico, do contato com a natureza. Acabei ficando no Rio de Janeiro e fui trabalhar com cinema, que era uma das paixões que eu tinha. Fiquei um ano no Rio de Janeiro e acabei voltando para Brasília.

Estávamos em meados de 1986. Meu pai fora reeleito deputado federal e morávamos em uma quadra só para deputados federais na Asa Norte. Isso tudo deixou bem claro que a situação mudara e havia se consolidado. Nós já não éramos do time dos perdedores. Estava liberado para vencer. Essa foi a senha para voltar para o esporte e tentar vencer. Já não tinha mais amarras, já não precisava mais me esconder, eu queria agora era aparecer. Foi um momento de mudança radical em minha vida. Sentia-me integrado, em casa. Tinha descoberto o que eu queria. Queria vencer.

Resolvi fazer triathlon (natação, ciclismo e corrida). Treinei muito, consegui ganhar provas em Brasília, Goiás e Espírito Santo. Participei de campeonatos brasileiros, fui selecionado para fazer parte da Seleção Brasileira em campeonatos Sul-Americanos, Pan-Americanos e Mundiais. Estive na Argentina, Estados Unidos, Canadá, República Dominicana, México, Cuba, Ilhas Virgens, Espanha e Austrália competindo e representado nosso país. Sabia que podia, sempre soube, mas tinha que ser no momento em que não pusesse minha família em “perigo”.

Acabei entrando no curso de Educação Física em 1988 (D. Bosco), fiz especialização em Treinamento Esportivo em 2001, na Universidade de Brasília, Mestrado em Educação Física pela Universidade Católica de Brasília, em 2005, e hoje em dia faço Doutorado em Ciências do Desporto na Universidade do Porto em Portugal. De 2000 a 2005 fiz parte do JGSPINNING, maior programa em ciclismo de academia no mundo, convidado pelo próprio fundador do programa Johnny Goldberg. Estive representando o programa em vários países da América do Sul e em duas conferências mundiais nos Estados Unidos. Em 2003 fui convidado, pelo então Ministro de Esporte do Governo Lula, Agnelo Queiroz, para ser Secretário Nacional de Esportes de Alto Rendimento. Nesta função, estive em missão oficial nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingos na República Dominicana e nas Olimpíadas de Athenas, Grécia. Como Diretor da SNEAR, participei dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro em 2007. Hoje, sou Diretor da Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte e dou aulas de Educação Física no Centro Universitário UniCEUB.

Olhando para trás, vejo como esporte e política estiveram entrelaçados em minha vida. Quando criança, minha leitura das questões sempre passou pelo corpo: alguém falava em superar obstáculos e eu me imaginava saltando barreiras em uma pista de atletismo. Diziam que era preciso ser forte, e eu me imaginava levantando um grande peso; que era necessário ser resistente, e eu me imaginava em uma maratona. Enfim, era um jeito muito particular de sentir as coisas, como foi também relacionar a vitória à opressão e o perdedor aos oprimidos. Decidir não “aparecer” por medo que minha família fosse descoberta. Enfim, cabeça de criança fantasia muito e estas coisas ecoam na adolescência. Esta foi a minha história, com cicatrizes geradas pela ditadura e com oportunidades criadas pela democracia.

Acredito que no peito da minha mãe, lá no fundinho, ela tem vontade de encontrar com aquele oficial da marinha que disse que ela não teria futuro para me dar e dizer : “Tá vendo, eu tinha certeza que o futuro do meu filho seria melhor comigo…”

Andre Almeida Cunha Arantes nasceu em 13 de junho de 1965. É filho de Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes e Aldo Arantes. Ex-triatleta, doutorando em ciências do desporto, professor universitário e diretor de Esporte de Alto Rendimento do Ministério do Esporte.


Aldo Silva Arantes

Nasceu no dia 20 de dezembro de 1938, em Anápolis (GO). Iniciou suas atividades políticas no movimento estudantil secundarista.

Estudante de direito da Pontifícia Universidade Católica, do Rio de Janeiro, foi eleito presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em julho de 1961.

Em dezembro de 1963 casou-se com Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes. Após o golpe militar de 31 de março de 1964, que derrubou o presidente Goulart, exilou-se em Montevidéu.

De volta ao Brasil em 1965, passou a viver na clandestinidade. Em 1968, quando realizava trabalho político junto aos camponeses no sertão de Alagoas, foi preso. Após cinco meses e meio fugiu da prisão.

Em 1972, juntamente com a maior parte dos militantes da AP, ingressou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), cujo comitê central passou a integrar.

Em dezembro de 1976 foi novamente preso quando participava de uma Reunião do Comitê Central do PCdoB, no bairro da Lapa, em São Paulo, episódio conhecido como Chacina da Lapa.

Em julho de 1977, foi condenado a cinco anos de prisão. Permaneceu preso até agosto de 1979, quando foi beneficiado pela anistia aprovada pelo Congresso.

Em 1979, filiou-se ao partido do Movimento Democrático Brasileiro (MDB). Exerceu o mandato de deputado federal por quatro vezes e foi constituinte em 1988.

Autor dos livros : História de Ação Popular – da JUC ao PCdoB, co-autor, com Haroldo Lima (1984) ; O FMI e a Nova Dependência (2002); Meio Ambiente e Desenvolvimento – em busca de um compromisso (2010); Alma em Fogo – memórias de um militante político (2013).

[Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001]

Maria Auxiliadora de Almeida Cunha Arantes, a Dodora

Nasceu em 5 de novembro de 1940, em Belo Horizonte (MG). Foi uma das fundadoras da organização Ação Popular (AP), na década de 1960. Em 1968 foi presa em Alagoas junto com seus filhos Priscila e Andre. Após sair da prisão seguiu com a militância clandestina de combate à ditadura militar.

Foi uma ativa e importante militante da luta pela anistia no Brasil. Participou da fundação do Comitê Brasileiro pela Anistia de São Paulo (CBA/SP) e foi dirigente dos Movimentos Nacionais pela Anistia (1978-1982).

Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica e Doutora em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Psicanalista membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Foi coordenadora Geral de Combate à Tortura da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (2009-2010). Foi membro das Comissões de Direitos Humanos do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo e do Conselho Federal de Psicologia ( 2004-2008 e 2011-2013).

Autora dos livros: Pacto Re-Velado: Psicanálise e Clandestinidade Política (1994) e Tortura (2013).

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