Lançamento do livro "Bagulhão - A voz dos presos políticos contra os torturadores" - (16/06/2014)

A Comissão estadual da Verdade Rubens Paiva, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), realizou nesta segunda-feira, 16/6, audiência pública para lançamento em livro do Bagulhão - A voz dos presos políticos contra os torturadores. Bagulhão é o apelido de carta escrita em 1975 por presos políticos do presídio do Barro Branco, São Paulo, ao então presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Caio Mário da Silva Pereira, denunciando as torturas, mortes e desaparecimentos de presos políticos e dando nomes e codinomes de 233 torturadores. A carta foi subscrita por 35 presos políticos, que então estavam no Presídio da Justiça Militar Federal de São Paulo, com base em informações colhidas entre eles durante os anos de 1969 e 1975. O documento traz primeiramente a descrição dos métodos e instrumentos de tortura comumente usados, com o nome e codinome os 233 torturadores; apresenta as irregularidades jurídicas cometidas contra os presos e, por fim, narra casos de presos políticos assassinados ou mutilados física e/ou psicologicamente em virtude de torturas. Em um pós-escrito, o Bagulhão acrescenta o nome de Vladimir Herzog à lista dos mortos sob tortura. Seu "suicídio por enforcamento" no 2º Exército foi noticiado em 25/10/1975, e a carta critica ainda os peritos que assinaram o laudo de causa-mortis. Chama um deles, Harry Shibata, de "verdadeiro Mengele do Brasil de hoje".

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