Casos Gelson Reicher e Antônio Carlos Nogueira Cabral - 31 de julho de 2013

Durante reunião da Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva realizada nesta quarta-feira, 31/7, foram apresentados os casos de Gelson Reicher e Antônio Carlos Nogueira Cabral, ambos torturados e mortos durante o período do regime militar. Familiares e amigos compareceram para relembrar os fatos e colaborar na elucidação dos detalhes que permeiam a morte dos homenageados. Presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), a Comissão ouviu o psicanalista e ex-preso político Reinaldo Murano, que entrou no curso de medicina da USP um ano antes de Reicher e Cabral e, juntos, participaram do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz (Caoc), nos cargos de presidente e vice. Segundo Murano, os dois jovens se distinguiam dos demais por conta da vontade de participar de todas as ações do Caoc. Naquela época, havia os diretórios de chapa branca, que recebiam dinheiro da ditadura para promovê-la. Assim, nos anos de 1968 e 1969, em forma de oposição, decidiram disputar a presidência do diretório acadêmico. "A dupla tinha um compromisso ideológico com os interesses da maioria da população brasileira e, se estivessem vivos hoje, estariam com certeza lutando contra o corporativismo", afirmou.

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